top of page

O CURIOSO CASO DA SANDÁLIA

Precisava comprar uma sandália. Olhei em muitas lojas mas e gostava de nada, até que me apaixonei por um par nude da Vizzano e trouxe pra casa.

Mostrei para o meu namorado e ouvi a seguinte pergunta:

_ Mas você já não tinha uma (sandália) dessa?

Não, eu não tinha. Porém, o bonito reparou em uma coisa que eu não havia notado antes: a maioria dos meus calçados segue um padrão. Ou seja, pra eles são todos iguais mesmo.

Aos poucos percebi que meu guarda-roupa inteiro tem uma forte carga de memória afetiva. As roupas falam sobre vidas, revelam emoções e carregam milhões de sensações e significados particulares.

Vou usar como exemplo a famigerada sandália:

Escolhida simplesmente porque achei bonita.

Só que não.

Parece loucura, mas ainda na loja tive um estalo: notei que adoro a sensação de vestir qualquer tipo de calçado com amarração nos tornozelos, pois me remete à epoca em que eu colocava sapatilhas de ballet. Pra mim era sempre um momento mágico e, de alguma forma, acabo me transportando para aquela época.

Quando meu namorado falou sobre eu ter outra sandália igual, fui dar aquela olhada básica no armário. Já fazia tempo que eu estava comprando calçados com amarração ou sapatilhas (as famosas molecas) que também são alusivas à dança. Ainda não tinha parado para pensar nos motivos que me levavam a isso. Fazemos nossas escolhas no automático, sem pensar em seus reais significados.

(E na conta do ballet ainda entram as peças em tule, saias godê, meias-calça...)

Por mais que eu trabalhe com isso, às vezes me surpreendo com o quanto a psicologia das roupas é certeira.

Agora, com licença, vou descobrir mais um pouco da minha história ali entre os cabides.

Beijos!

Posts Recentes
Arquivo
Tags
bottom of page